Como diz a imagem acima, feliz Natal a todos!
sábado, 25 de dezembro de 2010
Cabeçalhos de Natal
Durante todo esse Advento, mudamos a imagem de cabeçalho do Reescolando para um tema especial de Natal, mostrando a chegada dos Reis Magos até o pequenos estábulo (ou gruta) onde Jesus nasceu. Como todos gostaram dessa "animação" com 0,000001 fps, aqui estão todas as imagens:
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Novidades do 5º Ano
O Reescolando fará 5 anos no ano que vem, então preparamos várias surpresas para vocês, nossos leitores. Faremos um vídeo demonstrando todas as nova funcionalidades, sendo que algumas já começam a funcionar este ano. Queremos deixar claro que 2011 será um ano de testes no Reescolando, mas, provavelmente, tudo já estará pronto até agosto. Por que agosto? Não sei, mas acho que serei útil o bastante para terminar de remontar um blog em 8 meses.
• Envio de artigos:
Agora todos os leitores poderão enviar notícias e sugestões de reportagens diretamente de página inicial do Reescolando! O envio ocorrerá por meio de um botão, que estará junto com os outros itens do menu principal.
• Sugestões no Blog Beta:
Sim, faremos um blog chamado "Reescolando Beta Lab", onde testaremos todas as novidades antes de colocarmos aqui. Lá todos poderão sugerir novidades de uma forma bem fácil: apenas preenchendo um "formulário", digamos assim.
• Download e impressão de posts:
Todos os posts terão uma página especial apenas para a impressão, e também poderão ser baixados em formato PDF.
• Visualização em celulares:
O Reescolando terá um modelo de página especial apenas para celulares e dispositivos móveis, como iPods, smartphones, pagers, etc. Nesse tipo de visualização, haverá um link para o Reescolando Normal no final de cada página. Essa funcionalidade já está no ar agora mesmo.
• Itens especiais de comemoração:
Disponibilizaremos vários itens especiais de comemoração, como wallpapers, imagens para celulares, etc.
Este post pode ser facilmente acessado com apenas um clique no botão especial no menu, ali em cima. Qualquer sugestão, por enquanto, poste em comentários neste post.
• Sugestões no Blog Beta:
Sim, faremos um blog chamado "Reescolando Beta Lab", onde testaremos todas as novidades antes de colocarmos aqui. Lá todos poderão sugerir novidades de uma forma bem fácil: apenas preenchendo um "formulário", digamos assim.
• Download e impressão de posts:
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• Visualização em celulares:
O Reescolando terá um modelo de página especial apenas para celulares e dispositivos móveis, como iPods, smartphones, pagers, etc. Nesse tipo de visualização, haverá um link para o Reescolando Normal no final de cada página. Essa funcionalidade já está no ar agora mesmo.
• Itens especiais de comemoração:
Disponibilizaremos vários itens especiais de comemoração, como wallpapers, imagens para celulares, etc.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Globo de Ouro 2010 - Parte 1
As indicações para o Globo de Ouro de 2011 foram anunciadas nesta terça (14) em Beverly Hills, na Califórnia (EUA). Entre os destaques de cinema estão "O Discurso do Rei", que recebeu sete indicações, incluindo filme de drama, ator, atriz coadjuvante, ator coadjuvante, diretor, roteiro e trilha. Em seguida, entre os que receberam mais indicações (seis cada um) estão "A Rede Social" e "O Vencedor". Abaixo, segue a lista dos atores, atrizes e filmes indicados. A cerimônia está marcada para 16 de janeiro, e será acompanhada ao vivo pelo Reescolando.
Melhor filme de Drama
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"A Rede Social"
Melhor performance de uma atriz em drama
Halle Berry - "Frankie e Alice"
Nicole Kidman - "Rabbit Hole"
Jennifer Lawrence - "Winter's Bone"
Natalie Portman - "Cisne Negro"
Michelle Williams - "Blue Valentine"
Melhor performance para ator em drama
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"
Colin Firth - "O Discurso do REi"
James Franco - "127 Horas"
Ryan Gosling - "Blue Valentine"
Mark Wahlberg - "O Vencedor"
Melhor filme de comédia ou musical
"Alice no País das Maravilhas"
"Burlesque"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"Red - Aposentados e Perigosos"
"O Turista"
Melhor atriz em comédia ou musical
Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Anne Hathaway - "Amor e Outras Drogas"
Angelina Jolie - "O Turista"
Julianne Moore - "Minhas Mães e Meu Pai"
Emma Stone - "Easy A"
Melhor ator em comédia ou musical
Johnny Depp - "Alice no País das Maravilhas"
Johnny Depp - "O Turista"
Paul Giamatti - "Barney's Version"
Jake Gyllenhaal - "Amor e Outras Drogas"
Kevin Spacey - "Casino Jack"
Melhor filme de animação
"Meu Malvado Favorito"
"Como Treinar seu Dragão"
"O Mágico"
"Enrolados"
"Toy Story 3"
Melhor filme estrangeiro
"Biutiful" (México/ Espanha)
"The Concert" (França)
"The Edge" (Rússia)
"I am Love" (Itália)
"In a Better World" (Dinamarca)
Melhor performance de atriz coadjuvante
Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Mila Kunis - "Cisne Negro"
Melissa Leo - "O Vencedor"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom"
Melhor performance de ator coadjuvante
Christian Bale - "O Vencedor"
Michael Douglas - "Wall Street - o Dinheiro Nunca Dorme"
Andrew Garfield - "A Rede Social"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei"
Melhor diretor
Darren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
Christopher Nolan - "A Origem"
David O. Russel - "O Vencedor"
Melhor roteiro
Danny Boyle, Simon Beaufoy - "127 Horas"
Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg - "Minhas Mães e Meu Pai"
Christopher Nolan - "A Origem"
David Seidler - "O Discurso do Rei"
Aaron Sorkin - "A Rede Social"
Melhor canção original em filme
“Bound to You” — "Burlesque"
Música: Samuel Dixon
Letra: Christina Aguilera, Sia Furler
“Coming Home” — "Country Strong"
Música e letra: Bob DiPiero, Tom Douglas, Hillary Lindsey, Troy Verges
“I See the Light” — "Enrolados"
Música: Alan Menken
Letra: Glenn Slater
“There's a Place for Us” — "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada"
Música e letra: Carrie Underwood, David Hodges, Hillary Lindsey
“You Haven't Seen the Last of Me” — "Burlesque"
Música e letra: Diane Warren
Melhor filme de Drama
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"A Rede Social"
Melhor performance de uma atriz em drama
Halle Berry - "Frankie e Alice"
Nicole Kidman - "Rabbit Hole"
Jennifer Lawrence - "Winter's Bone"
Natalie Portman - "Cisne Negro"
Michelle Williams - "Blue Valentine"
Melhor performance para ator em drama
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"
Colin Firth - "O Discurso do REi"
James Franco - "127 Horas"
Ryan Gosling - "Blue Valentine"
Mark Wahlberg - "O Vencedor"
Melhor filme de comédia ou musical
"Alice no País das Maravilhas"
"Burlesque"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"Red - Aposentados e Perigosos"
"O Turista"
Melhor atriz em comédia ou musical
Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Anne Hathaway - "Amor e Outras Drogas"
Angelina Jolie - "O Turista"
Julianne Moore - "Minhas Mães e Meu Pai"
Emma Stone - "Easy A"
Melhor ator em comédia ou musical
Johnny Depp - "Alice no País das Maravilhas"
Johnny Depp - "O Turista"
Paul Giamatti - "Barney's Version"
Jake Gyllenhaal - "Amor e Outras Drogas"
Kevin Spacey - "Casino Jack"
Melhor filme de animação
"Meu Malvado Favorito"
"Como Treinar seu Dragão"
"O Mágico"
"Enrolados"
"Toy Story 3"
Melhor filme estrangeiro
"Biutiful" (México/ Espanha)
"The Concert" (França)
"The Edge" (Rússia)
"I am Love" (Itália)
"In a Better World" (Dinamarca)
Melhor performance de atriz coadjuvante
Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Mila Kunis - "Cisne Negro"
Melissa Leo - "O Vencedor"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom"
Melhor performance de ator coadjuvante
Christian Bale - "O Vencedor"
Michael Douglas - "Wall Street - o Dinheiro Nunca Dorme"
Andrew Garfield - "A Rede Social"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei"
Melhor diretor
Darren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
Christopher Nolan - "A Origem"
David O. Russel - "O Vencedor"
Melhor roteiro
Danny Boyle, Simon Beaufoy - "127 Horas"
Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg - "Minhas Mães e Meu Pai"
Christopher Nolan - "A Origem"
David Seidler - "O Discurso do Rei"
Aaron Sorkin - "A Rede Social"
Melhor canção original em filme
“Bound to You” — "Burlesque"
Música: Samuel Dixon
Letra: Christina Aguilera, Sia Furler
“Coming Home” — "Country Strong"
Música e letra: Bob DiPiero, Tom Douglas, Hillary Lindsey, Troy Verges
“I See the Light” — "Enrolados"
Música: Alan Menken
Letra: Glenn Slater
“There's a Place for Us” — "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada"
Música e letra: Carrie Underwood, David Hodges, Hillary Lindsey
“You Haven't Seen the Last of Me” — "Burlesque"
Música e letra: Diane Warren
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A Imaculada Conceição de Maria
Hoje é comemorado o dia da Imaculada Conceição de Maria, quando Maria se doou totalmente à vontade de Deus:
Maria foi o primeiro ser humano bem aventurado. Isso porque ela deixou que Deus realizasse totalmente seu projeto de amor nela. Ser bem aventurado é isso: deixar que Deus faça em você Sua vontade. A bem aventurança traz felicidade à nossa vida, vindo, como consequência, o bem, a "falta de pecados".
"Naquele tempo, no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim’. Maria perguntou ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?’ O anjo respondeu: ‘O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível’. Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se." (Lc 1, 26-38)Nesse Evangelho original em grego, escrtio por Lucas, o anjo do Senhor fala à Maria: "Ave, cheia de graça", e nos vem a reflexão: "O que o anjo queria dizer com isso?". Muitos teólogos falam que "Cheia de Graça" significa sem pecados, mas o significado é muito mais profundo. Quando o anjo fala "Cheia de Graça", ele quer dizer que Maria estava por completo preenchida pela Graça de Deus, como um copo cheio de água até as bordas, a ponto de transbordar. Estando assim, cheia da Graça do Senhor, não há espaço para o pecado e o mal, assim como não há espaço nem para o ar num copo cheio.
Maria foi o primeiro ser humano bem aventurado. Isso porque ela deixou que Deus realizasse totalmente seu projeto de amor nela. Ser bem aventurado é isso: deixar que Deus faça em você Sua vontade. A bem aventurança traz felicidade à nossa vida, vindo, como consequência, o bem, a "falta de pecados".
"Ave Maria, bem aventurada cheia de graça!"
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
WikiLeaks
Julian Assange foi preso hoje de manha (7:30, horário de Brasília) após se entregar numa delegacia no centro de Londres. São muitas as acusações, sendo a mais famosa uma acusação por estupro na Suécia. Assange estava na lista dos mais procurados da Interpol, a polícia internacional. Ele também é acusado de espionagem contra os EUA, mas nega tudo. Ele teve seu pedido de fiança negado e permanecerá em custódia até o dia 14.
Mas, afinal, quem é Julian Assange?
Julian Assange foi o criador do site WikiLeaks, que dá ao público arquivos confidenciais de governos, empresas, etc. O site está no ar desde 2006, mas só agora chamou a atenção do mundo por causa de documentos recentemente liberados sobre a Guerra do Afeganistão e sobre a diplomacia norte-americana, o que inclui até o Brasil. Entre os documentos famosos publicados sobre o Brasil, está um que diz que "o governo brasileiro continua a cooperar no combate ao terrorismo", que se refere à investigação feita pela PF de supostos membros da Al Qaeda que estariam no país (veja o documento codificado na íntegra aqui)
Leia a entrevista que foi concedida hoje à imprensa:
Nesse momento, quais acusações pesam sobre você?
São muitas as acusações. A mais séria é que eu e o nosso pessoal praticamos espionagem contra os EUA. Isso é falso. Também a famosa alegação de "estupro" na Suécia. Ela é falsa e vai acabar se extinguindo quando os fatos reais vierem à tona, mas até lá está sendo usada para atacar nossa reputação.
Sobre essa acusação de espionagem, há algum processo judicial correndo?
Não. É uma investigação formal envolvendo os diretores do FBI, da CIA e o advogado-geral norte-americano. A Austrália, meu país, também está conduzindo uma investigação do mesmo tipo - em que se junta todo o governo - e ao mesmo tempo estão asssessorando os EUA. Uma da fontes alegadas para essa investigação, Bradley Manning [militar acusado de ser a fonte do Wikileaks], está preso em confinamento solitário em uma cela na prisão no estado da Virginia, nos EUA. Ele pode pegar até 52 anos de prisão se for condenado por todas as acusações, que incluem espionagem.
Qual a diferença entre o que faz o Wikileaks e espionagem?
O Wikileaks recebe material de "whistle-blowers" (pessoas que denunciam algo errado nas organizações onde trabalham) e jornalistas e os entrega ao público. Nos acusar de espionagem quer dizer que nós teriamos que trabalhar ativamente para adquirir o material e o repassar a um estrangeiro.
No caso da Suécia, o que as mulheres alegam?
Elas dizem que houve sexo consensual. O caso chegou a ser arquivado por 12 horas quando a procuradora-geral em Estocolmo, Eva Finne, leu os depoimentos. Depois foi reaberto, após uma articulação política. Todo esse caso é bastante perturbador. Agora, eles acabaram de congelar minha conta em um banco na Suíça, nosso fundo para pagar minha defesa.
Com base em quê?
Eles estão alegando que eu os coloco em risco. Mas não têm nada que sugira isso, e de qualquer forma isso é falso.
O WikiLeaks ainda pode ser acessado a partir daqui.
Mas, afinal, quem é Julian Assange?
Julian Assange foi o criador do site WikiLeaks, que dá ao público arquivos confidenciais de governos, empresas, etc. O site está no ar desde 2006, mas só agora chamou a atenção do mundo por causa de documentos recentemente liberados sobre a Guerra do Afeganistão e sobre a diplomacia norte-americana, o que inclui até o Brasil. Entre os documentos famosos publicados sobre o Brasil, está um que diz que "o governo brasileiro continua a cooperar no combate ao terrorismo", que se refere à investigação feita pela PF de supostos membros da Al Qaeda que estariam no país (veja o documento codificado na íntegra aqui)
Leia a entrevista que foi concedida hoje à imprensa:
Nesse momento, quais acusações pesam sobre você?
São muitas as acusações. A mais séria é que eu e o nosso pessoal praticamos espionagem contra os EUA. Isso é falso. Também a famosa alegação de "estupro" na Suécia. Ela é falsa e vai acabar se extinguindo quando os fatos reais vierem à tona, mas até lá está sendo usada para atacar nossa reputação.
Sobre essa acusação de espionagem, há algum processo judicial correndo?
Não. É uma investigação formal envolvendo os diretores do FBI, da CIA e o advogado-geral norte-americano. A Austrália, meu país, também está conduzindo uma investigação do mesmo tipo - em que se junta todo o governo - e ao mesmo tempo estão asssessorando os EUA. Uma da fontes alegadas para essa investigação, Bradley Manning [militar acusado de ser a fonte do Wikileaks], está preso em confinamento solitário em uma cela na prisão no estado da Virginia, nos EUA. Ele pode pegar até 52 anos de prisão se for condenado por todas as acusações, que incluem espionagem.
Qual a diferença entre o que faz o Wikileaks e espionagem?
O Wikileaks recebe material de "whistle-blowers" (pessoas que denunciam algo errado nas organizações onde trabalham) e jornalistas e os entrega ao público. Nos acusar de espionagem quer dizer que nós teriamos que trabalhar ativamente para adquirir o material e o repassar a um estrangeiro.
No caso da Suécia, o que as mulheres alegam?
Elas dizem que houve sexo consensual. O caso chegou a ser arquivado por 12 horas quando a procuradora-geral em Estocolmo, Eva Finne, leu os depoimentos. Depois foi reaberto, após uma articulação política. Todo esse caso é bastante perturbador. Agora, eles acabaram de congelar minha conta em um banco na Suíça, nosso fundo para pagar minha defesa.
Com base em quê?
Eles estão alegando que eu os coloco em risco. Mas não têm nada que sugira isso, e de qualquer forma isso é falso.
O WikiLeaks ainda pode ser acessado a partir daqui.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O Natal
Olá leitores!
Como dissemos no começo do ano, não estamos com muito tempo para postagens, então, eventualmente, só postamos vídeos. Agora que estamos entrando de féria, provavelmente vamos postar mias, mas essa não é uma garantia. Mesmo assim, gostaria de falar algumas coisas sobre o Natal aqui com vocês.
O Natal, hoje em dia, é, para a maioria das pessoas, uma festa do consumo, não há como negar. Alguns estão tentando resgatar o verdadeiro "espirito" e sentido do Natal, que é o nascimento de nosso Senhor, Jesus Cristo. Todos aqui do Reescolando são Cristãos, em sua maioria, católicos, então, o Natal faz, sim, sentido para nós. O Natal, além de reunir toda a família numa festa de felicidade, nos remete a mais de 2000 anos atrás, numa cidade chamada Belém, na Judeia (atual Cisjordânia), uma província romana. Naquele tempo, o governador dessa província, Herodes, mandara matar todos os primogênitos recém-nascidos com medo de uma antiga profecia, mas Maria e José fugiram para Nazaré. Este, também inegavelmente, foi um evento grandioso.
O Natal é a segunda maior festa cristã, estando apenas atrás da Páscoa. Nos dias de hoje, as pessoas só pensam nos presentes que darão aos amigos e aos familiares e na ceia de Natal, esquecendo-se do principal. O que estão comemorando não importa, o que importa é o Peru. Por isso, esse ano não vamos decorar o Reescolando como fazíamos antigamente, com temas natalinos verdes e vermelhos, mas apenas "iluminá-lo" e colocar presépios e decoração que nos lembrem do verdadeiro espírito do Natal.
A todos, um feliz Advento.
Como dissemos no começo do ano, não estamos com muito tempo para postagens, então, eventualmente, só postamos vídeos. Agora que estamos entrando de féria, provavelmente vamos postar mias, mas essa não é uma garantia. Mesmo assim, gostaria de falar algumas coisas sobre o Natal aqui com vocês.
O Natal, hoje em dia, é, para a maioria das pessoas, uma festa do consumo, não há como negar. Alguns estão tentando resgatar o verdadeiro "espirito" e sentido do Natal, que é o nascimento de nosso Senhor, Jesus Cristo. Todos aqui do Reescolando são Cristãos, em sua maioria, católicos, então, o Natal faz, sim, sentido para nós. O Natal, além de reunir toda a família numa festa de felicidade, nos remete a mais de 2000 anos atrás, numa cidade chamada Belém, na Judeia (atual Cisjordânia), uma província romana. Naquele tempo, o governador dessa província, Herodes, mandara matar todos os primogênitos recém-nascidos com medo de uma antiga profecia, mas Maria e José fugiram para Nazaré. Este, também inegavelmente, foi um evento grandioso.
O Natal é a segunda maior festa cristã, estando apenas atrás da Páscoa. Nos dias de hoje, as pessoas só pensam nos presentes que darão aos amigos e aos familiares e na ceia de Natal, esquecendo-se do principal. O que estão comemorando não importa, o que importa é o Peru. Por isso, esse ano não vamos decorar o Reescolando como fazíamos antigamente, com temas natalinos verdes e vermelhos, mas apenas "iluminá-lo" e colocar presépios e decoração que nos lembrem do verdadeiro espírito do Natal.
A todos, um feliz Advento.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Geração Coca-Cola - Legião Urbana
(Renato Russo, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, Renato Rocha)
Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês nos empurraram
Com os enlatados dos USA, de 9 às 6.
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola.
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis.
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola.
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis.
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola.
-
Artista: Legião Urbana
Música: Geração Coca-Cola
Álbum/CD: Legião Urbana
Ano: 1984
Ano: 1984
-
<-Projeto Música na Cidade->
sábado, 13 de novembro de 2010
Pressão Social - Plebe Rude
(Phelippe Seabra)Há uma espada sobre a minha cabeça
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que tenho que estudar
que eu tenho que trabalhar
que tenho que ser alguém
não posso ser ninguém
Há uma espada sobre a minha cabeça
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que a minha vitória é a derrota dele
e o meu lucro é a perda dele
que eu tenho que competir
que eu tenho que destruir
Há uma espada sobre a minha cabeça
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que eu tenho que conformar
conformar é rebelar
que eu tenho que rebelar
rebelar é conformar
E quem conforma o sistema engole
e quem rebela o sistema come
E quem conforma
-
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que tenho que estudar
que eu tenho que trabalhar
que tenho que ser alguém
não posso ser ninguém
Há uma espada sobre a minha cabeça
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que a minha vitória é a derrota dele
e o meu lucro é a perda dele
que eu tenho que competir
que eu tenho que destruir
Há uma espada sobre a minha cabeça
É uma pressão social que não quer que
eu me esqueça
Que eu tenho que conformar
conformar é rebelar
que eu tenho que rebelar
rebelar é conformar
E quem conforma o sistema engole
e quem rebela o sistema come
E quem conforma
-
Clique aqui para ouvir esta música
Artista: Plebe Rude
Música: Pressão Social
Álbum: Mais Raiva Do Que Medo
Ano: 1992
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Renato Russo, gênio ou fracassado?
O relançamento das obras completas da banda Legião Urbana, ícone dos anos 80, provoca uma reflexão sobre o legado de seu líder e vocalista
Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV
Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV
A cultura pop vive de reviver; a agônica indústria da música, de relançamentos de obras do passado em edições de luxo. A gravadora EMI relança agora a discografia da banda Legião Urbana, em diversos suportes: LPs de vinil, CDs em digipack (embalagem cartonada que imita as dos antigos álbuns) e uma caixa, com os discos e encartes bem documentados, repletos de fotografias inéditas. Confesso que hesitei em abrir os discos que conheci tão bem na minha juventude, para ouvi-los de novo. Na verdade, já não consigo escutar nada daquele tempo sem ser assaltado pela tristeza, e por motivos óbvios. Conheci todos aqueles artistas, conversei com todos eles, fiz reportagens, entrevistas, críticas. Magoei muitos deles com observações duras, embora fundamentadas, eles também me feriram com farpas verbais, e até tentativas de agressões propriamente ditas. Vivi tudo aquilo, e por isso não sou um narrador confiável da chamada cultura da década de 80. Sou mais personagem que narrador, alguém que assistiu a tudo no desconforto das redações de revistas e jornais, cobrindo shows e discos, vendo os tempos, as canções e a juventude passarem. Os discos do Legião servem a mim agora como as minhas madeleines...
Legião Urbana foi um dos grupos mais paradigmáticos dos anos 80 no Brasil, ao lado do Barão Vermelho, Capital Inicial, Titãs, Ira!, RPM, Lobão, Blitz e Paralamas. Mas Legião possuía características únicas, que o distinguiam dos seus colegas de rock – ou BRock, na feliz expressão cunhada pelo jornalista Arthur Dapieve. O traço distintivo do Legião, por obra de Renato, repousa na visão de mundo melancólica, lírica, romântica. No plano das letras, não há palavrões infundados, não há uma única palavra mentirosa nas canções da banda. É tudo a pura verdade de uma geração marcada na infância pela ditadura que sujou a alma do Brasil, e até agora tentamos limpar essa mancha, indelével, como diriam versos do Legião Urbana.
No primeiro disco da banda, Legião Urbana, lançado em 1984, há uma faixa especialmente simbólica. Trata-se de Geração Coca-Cola. Os versos desse rock meio canhestro, meio punk, meio qualquer coisa, dizem o seguinte: “Quando nascemos fomos programados/ A receber o que vocês nos empurraram/ Com os enlatados dos USA, de 9 às 6./ Desde pequenos nós comemos lixo/ Comercial e industrial/ Mas agora chegou nossa vez - / Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.” E o refrão: “Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Nós somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola.” Não poderia ter havido uma profecia mais exata, um retrato mais perfeito da geração do Legião, que é a minha. Quando chegou a nossa vez, só restava lixo a cuspir. Lixo cultural, lixo musical, lixo crítico. Não havia nada mais que desinformação e uma justificável ansiedade de conhecer tudo o que acontecia no mundo. Era um tempo em que percorríamos as lojas de discos atrás de poucos vinis que chegavam ao Brasil, a preços altíssimos. A gente contrabandeava a música das bandas inglesas, e levava seus discos para casa como se carregasse ouro intangível. Só havia aquela muamba de Echo and the Bunnymen, Joy Division, The Cure, The Smiths para preencher o vazio das almas – além de sexo e drogas, naturalmente. Mas tudo isso era misturado a um sentimento horrível de falta de futuro. Em breve os economistas chamariam os anos 80 de “a década perdida”. Em meio à ausência de perspectivas, da podridão cultural e da acídia introjetada nos espíritos, vivemos o auge de nossas vidas. Geração Coca-Cola. Geração-Nada.
Se é para personificar tão pouca década, ninguém melhor que o vocalista, líder e compositor do Legião Urbana: Renato Manfredini, que adotou o codinome de Renato Russo. Ele morreu por causa da aids, aos 36 anos, como informam suas datas extremas (1960-1996). No fim da vida, isolou-se, envergonhado e desolado com a doença. Doença que, diga-se de passagem, levou grande parte de minha geração, pessoas queridas e iluminadas, bem como seres desprezíveis, que foram também porque viver fez mal à saúde principalmente nos anos 80. Mas voltemos a Renato, para tentar compreender o que se passou, o que não volta mais. Entrevistei-o várias vezes. Era um sujeito elétrico, dado a descargas de poesia no meio das declarações. Em pessoa, não tinha o aspecto frágil que exibia em suas histriônicas apresentações em palco. Calçava saltos altos, o que lhe aumentava o tamanho já alto, vestia-se como dândi intelectual, seus olhos negros míopes assustavam. E falava sem pausa, aos borbotões, enquanto fumava. Um certo dia me ligou do hotel onde estava hospedado em São Paulo. Eu estava em dia de fechamento na redação, mas ele não parou de declamar poemas, letras, coisas que nunca vi gravadas, e nem me lembro mais tão bem.
Ouvido agora de longe, tantos anos depois de sua vida e sua morte, qual o seu legado? Hiperativo, incontinente, incontido, Renato parecia conter várias personas em seu corpo. No palco e diante do microfone, cantava muito bem. É certamente a melhor voz da geração. Um tenor com emissão impostada, voz afinada e eloquente – voz que, a princípio, lembrou-me a de Jerry Adriani, o cantor da Jovem Guarda. A impressão era correta, pois não tardou Jerry gravar músicas do Legião. Mas Renato soava como um Jerry Adriani intenso, cheio do que-dizer, Jerry Adriani com poesia meio à Rimbaud, com aquele ímpeto de retratar a juventude e suas ansiedades, a juventude e seus sonhos – e no caso da juventude dele, sonhos jamais realizados.
É preciso dizer que Renato Russo não foi um vocalista, como tantos outros daqueles tempos. Foi um dos poucos cantores à frente de uma banda. Um cantor com mensagens, que boa parte do público fazia questão de não ouvir. E é curioso como aquela voz italiana, de ópera, opera um contraste com os rocks e baladas mal delineadas do Legião. E aqui entra o lado musical e composicional da banda. Renato um dia me disse que tinha prazer em copiar compassos inteiros de músicas de bandas inglesas a que nós, jornalistas, não tínhamos acesso naquele tempo, para zombar da crítica e mostrar o quanto ele era esperto. E de fato a gente não conseguia reconhecer de onde vinham suas referências, porque ele não se plasmava nos disco que eram vendidos por aqui, mas em singles, em EPs e LPs de bandas menos conhecidas. E se tivesse feito isso agora, na era da internet e da ultrainformação, Renato Russo teria sido desmascarado? Acho que não. Suas músicas se inspiraram diretamente em outras músicas, mas se transfiguraram em algo próximo da originalidade. Foi assim que os Beatles, ao tentar tocar sem sucesso uma “Bourrée em Mi Menor”, de Johann Sebastian Bach, criaram a bela canção “Blackbird”; a mesma operação que levou Tom Jobim a compor “Insensatez”, copiando compassos inteiros do “Prelúdio nº 4”, de Chopin. Basta se debruçar sobre as canções de Renato e cotejá-las com discos da época para descobrir a semelhança entre original e inspiração. Era Renato cuspindo o lixo que lhe haviam imposto, como diz “Geração Coca-Cola”.
Os anos 80 foram ruins para a música popular brasileira. A razão maior estava nas gravadoras, ansiosas por enterrar a geração da MPB. O que elas tinham à mão era uma turma inculta e ansiosa pelo sucesso. Mas Renato se destacou, vamos lhe fazer justiça. A história de suas músicas se fundiu com sua história pessoal. Foi um artista que jamais faltou com a sinceridade. Sua vida se encaminhou para a tragédia da morte prematura. O que não deixa de ser um ideal de roqueiro. Renato Russo foi a um só tempo derrotado e gênio. Derrotado porque a existência é precária e finita, o que credencia todos nós ao fracasso. Gênio porque, com as limitações do lixo de seu tempo, conseguiu cultivar canções que resistem ao tempo. Ao ouvi-lo, sinto que a vida já passou, que não passo de um reles sobrevivente. Por isso, me comovo, não sem uma ponta de desconforto, quando descubro que os jovens de hoje ainda curtem e entoam Legião Urbana.
Legião Urbana foi um dos grupos mais paradigmáticos dos anos 80 no Brasil, ao lado do Barão Vermelho, Capital Inicial, Titãs, Ira!, RPM, Lobão, Blitz e Paralamas. Mas Legião possuía características únicas, que o distinguiam dos seus colegas de rock – ou BRock, na feliz expressão cunhada pelo jornalista Arthur Dapieve. O traço distintivo do Legião, por obra de Renato, repousa na visão de mundo melancólica, lírica, romântica. No plano das letras, não há palavrões infundados, não há uma única palavra mentirosa nas canções da banda. É tudo a pura verdade de uma geração marcada na infância pela ditadura que sujou a alma do Brasil, e até agora tentamos limpar essa mancha, indelével, como diriam versos do Legião Urbana.
No primeiro disco da banda, Legião Urbana, lançado em 1984, há uma faixa especialmente simbólica. Trata-se de Geração Coca-Cola. Os versos desse rock meio canhestro, meio punk, meio qualquer coisa, dizem o seguinte: “Quando nascemos fomos programados/ A receber o que vocês nos empurraram/ Com os enlatados dos USA, de 9 às 6./ Desde pequenos nós comemos lixo/ Comercial e industrial/ Mas agora chegou nossa vez - / Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.” E o refrão: “Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Nós somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola.” Não poderia ter havido uma profecia mais exata, um retrato mais perfeito da geração do Legião, que é a minha. Quando chegou a nossa vez, só restava lixo a cuspir. Lixo cultural, lixo musical, lixo crítico. Não havia nada mais que desinformação e uma justificável ansiedade de conhecer tudo o que acontecia no mundo. Era um tempo em que percorríamos as lojas de discos atrás de poucos vinis que chegavam ao Brasil, a preços altíssimos. A gente contrabandeava a música das bandas inglesas, e levava seus discos para casa como se carregasse ouro intangível. Só havia aquela muamba de Echo and the Bunnymen, Joy Division, The Cure, The Smiths para preencher o vazio das almas – além de sexo e drogas, naturalmente. Mas tudo isso era misturado a um sentimento horrível de falta de futuro. Em breve os economistas chamariam os anos 80 de “a década perdida”. Em meio à ausência de perspectivas, da podridão cultural e da acídia introjetada nos espíritos, vivemos o auge de nossas vidas. Geração Coca-Cola. Geração-Nada.
Se é para personificar tão pouca década, ninguém melhor que o vocalista, líder e compositor do Legião Urbana: Renato Manfredini, que adotou o codinome de Renato Russo. Ele morreu por causa da aids, aos 36 anos, como informam suas datas extremas (1960-1996). No fim da vida, isolou-se, envergonhado e desolado com a doença. Doença que, diga-se de passagem, levou grande parte de minha geração, pessoas queridas e iluminadas, bem como seres desprezíveis, que foram também porque viver fez mal à saúde principalmente nos anos 80. Mas voltemos a Renato, para tentar compreender o que se passou, o que não volta mais. Entrevistei-o várias vezes. Era um sujeito elétrico, dado a descargas de poesia no meio das declarações. Em pessoa, não tinha o aspecto frágil que exibia em suas histriônicas apresentações em palco. Calçava saltos altos, o que lhe aumentava o tamanho já alto, vestia-se como dândi intelectual, seus olhos negros míopes assustavam. E falava sem pausa, aos borbotões, enquanto fumava. Um certo dia me ligou do hotel onde estava hospedado em São Paulo. Eu estava em dia de fechamento na redação, mas ele não parou de declamar poemas, letras, coisas que nunca vi gravadas, e nem me lembro mais tão bem.
Ouvido agora de longe, tantos anos depois de sua vida e sua morte, qual o seu legado? Hiperativo, incontinente, incontido, Renato parecia conter várias personas em seu corpo. No palco e diante do microfone, cantava muito bem. É certamente a melhor voz da geração. Um tenor com emissão impostada, voz afinada e eloquente – voz que, a princípio, lembrou-me a de Jerry Adriani, o cantor da Jovem Guarda. A impressão era correta, pois não tardou Jerry gravar músicas do Legião. Mas Renato soava como um Jerry Adriani intenso, cheio do que-dizer, Jerry Adriani com poesia meio à Rimbaud, com aquele ímpeto de retratar a juventude e suas ansiedades, a juventude e seus sonhos – e no caso da juventude dele, sonhos jamais realizados.
É preciso dizer que Renato Russo não foi um vocalista, como tantos outros daqueles tempos. Foi um dos poucos cantores à frente de uma banda. Um cantor com mensagens, que boa parte do público fazia questão de não ouvir. E é curioso como aquela voz italiana, de ópera, opera um contraste com os rocks e baladas mal delineadas do Legião. E aqui entra o lado musical e composicional da banda. Renato um dia me disse que tinha prazer em copiar compassos inteiros de músicas de bandas inglesas a que nós, jornalistas, não tínhamos acesso naquele tempo, para zombar da crítica e mostrar o quanto ele era esperto. E de fato a gente não conseguia reconhecer de onde vinham suas referências, porque ele não se plasmava nos disco que eram vendidos por aqui, mas em singles, em EPs e LPs de bandas menos conhecidas. E se tivesse feito isso agora, na era da internet e da ultrainformação, Renato Russo teria sido desmascarado? Acho que não. Suas músicas se inspiraram diretamente em outras músicas, mas se transfiguraram em algo próximo da originalidade. Foi assim que os Beatles, ao tentar tocar sem sucesso uma “Bourrée em Mi Menor”, de Johann Sebastian Bach, criaram a bela canção “Blackbird”; a mesma operação que levou Tom Jobim a compor “Insensatez”, copiando compassos inteiros do “Prelúdio nº 4”, de Chopin. Basta se debruçar sobre as canções de Renato e cotejá-las com discos da época para descobrir a semelhança entre original e inspiração. Era Renato cuspindo o lixo que lhe haviam imposto, como diz “Geração Coca-Cola”.
Os anos 80 foram ruins para a música popular brasileira. A razão maior estava nas gravadoras, ansiosas por enterrar a geração da MPB. O que elas tinham à mão era uma turma inculta e ansiosa pelo sucesso. Mas Renato se destacou, vamos lhe fazer justiça. A história de suas músicas se fundiu com sua história pessoal. Foi um artista que jamais faltou com a sinceridade. Sua vida se encaminhou para a tragédia da morte prematura. O que não deixa de ser um ideal de roqueiro. Renato Russo foi a um só tempo derrotado e gênio. Derrotado porque a existência é precária e finita, o que credencia todos nós ao fracasso. Gênio porque, com as limitações do lixo de seu tempo, conseguiu cultivar canções que resistem ao tempo. Ao ouvi-lo, sinto que a vida já passou, que não passo de um reles sobrevivente. Por isso, me comovo, não sem uma ponta de desconforto, quando descubro que os jovens de hoje ainda curtem e entoam Legião Urbana.
Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV
RETIRADO DE:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI182260-15230,00-RENATO+RUSSO+GENIO+OU+FRACASSADO.html
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
O Twitter era apenas um pequeno site de relacionamentos que, de repente, dominou o mundo. Você, com certeza, conhece pelo menos duas pessoas que têm e usam o mesmo. Alguns jornais dizem, erroneamente, que ele era um microblog e que agora virou um site imenso. Isso é mentira: o Twitter é uma rede social em que as pessoas escrevem o que querem em 140 caracteres e em vários posts, o que dá a ele a característica de micro-blog. Há poucas semanas, ele anunciou uma nova versão, com novas funcionalidades e praticidades, além de um design inovador totalmente diferente do antigo. Nós, do Reescolando, já utilizamos essa nova versão, e disponibilizamos, em primeira mão, imagens desse novo Twitter.
Clique para ampliar
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Elysia chlorotica
O Surgimento da fotossíntese foi um dos momentos grandiosos da história da vida aqui na Terra. Começou quando um grupo de organismos banhados pela imponente radiação do nosso Sol branco-amarelado, começou a retirar o CO2 da atmosfera para produzir sua matéria orgânica pessoal. A temperatura do planeta começou a baixar (lembre-se que o CO2 e um gás estufa) e uma nova era do gelo começou. Talvez o primeiro caso de "poluição" em massa, provavelmente levando milhares de organismos anaeróbicos (que não utilizam o oxigênio para respiração) a desaparecerem para sempre. O resto, faz parte da história botânica do nosso planeta. Até certo momento, quando um animal, uma pequena lesma marinha, batizada de Elysia chlorotica, "roubou" o maquinário necessário para a fotossíntese.
Em novembro de 2008 na revista PNAS, foi publicado uma pesquisa demonstrando que a E. chlorotica possui um gene, o psbO, que é idêntico ao da alga em que ela se alimenta, Vaucheria litorea, não existente em nenhum outro animal e faz parte do sistema fotossintético de plantas e de microalgas como a Euglena.
A habilidade de fazer fotossíntese, por aproximadamente nove meses após se refestelar em algas marinhas, ocorre devido a ingestão dos plastídios durante o desenvolvimento juvenil do molusco (por isso sua cor esmeralda) já havia sido descrita em artigos anteriores do mesmo grupo de pesquisa de Mary E. Rumpho, responsável pela identificação do gene PsbO no genoma da E. chlorotica. Mas como foi que a lesma "roubou" o gene da alga e começou a fazer fotossíntese? Essa característica de roubar, é conhecida técnicamente como cleptoplastia, e deve ter acontecido com os ancestrais da lesma e da alga, que possuem essa profunda intimidade há milhares de anos atrás, onde acidentalmente o gene foi sequestrado no genoma da lesma em uma transferência horizontal gênica.
Via Sientific Blogs
Em novembro de 2008 na revista PNAS, foi publicado uma pesquisa demonstrando que a E. chlorotica possui um gene, o psbO, que é idêntico ao da alga em que ela se alimenta, Vaucheria litorea, não existente em nenhum outro animal e faz parte do sistema fotossintético de plantas e de microalgas como a Euglena.
A habilidade de fazer fotossíntese, por aproximadamente nove meses após se refestelar em algas marinhas, ocorre devido a ingestão dos plastídios durante o desenvolvimento juvenil do molusco (por isso sua cor esmeralda) já havia sido descrita em artigos anteriores do mesmo grupo de pesquisa de Mary E. Rumpho, responsável pela identificação do gene PsbO no genoma da E. chlorotica. Mas como foi que a lesma "roubou" o gene da alga e começou a fazer fotossíntese? Essa característica de roubar, é conhecida técnicamente como cleptoplastia, e deve ter acontecido com os ancestrais da lesma e da alga, que possuem essa profunda intimidade há milhares de anos atrás, onde acidentalmente o gene foi sequestrado no genoma da lesma em uma transferência horizontal gênica.
Via Sientific Blogs
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Uma Noite em 67
Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com “Roda Viva”; Caetano Veloso, com “Alegria, Alegria”’; Gilberto Gil e os Mutantes, com “Domingo no Parque”; Edu Lobo, com “Ponteio”; Roberto Carlos, com o samba “Maria, Carnaval e Cinzas”; e Sérgio Ricardo, com “Beto Bom de Bola”. A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País.
“É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção “Beto Bom de Bola”.
O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.
Ver cinemas e horários
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Site Reescolando
Nós, do Reescolando, temos uma notícia ótima para vocês, leitores fiéis (ou não fiéis, não importa...): o Reescolando Virtual agora tem como domínio http://www.reescolando.com ! Sim! O blogspot foi extinto e, enquanto o blog existir, assim será! Além disso, para nos ajudar a pagar as despesas com o domínio, agora o Reescolando tem Google Ads! Isso não vai atrapalhar muito, porém, se algum leitor estiver interessado em algum produto relacionado com o post que estiver lendo, um anúncio estará a mão! Como somos um blog sem fins lucrativos, temos que deixar bem claro que NÃO ESTAMOS PEDINDO CLIQUES (até porque isso é proibído...). Então, atualize o Reescolando em seus favoritos! Se não tiver, ponhá-o!
Ah! Agora, qualquer dúvida, sugestão ou reclamação pode ser enviada pelo E-Mail do Serviço de Atendimento ao Leitor (SAL): sal@reescolando.com!
Poor Fish...
Via: Planeta Sustentável
O discurso da sustentabilidade já passou, há muito tempo, da fase do “feche a torneira!”. Mas, se de um lado existem pessoas extremamente engajadas na preservação do planeta, do outro, ainda tem um monte de gente desperdiçando água – e outros recursos – por aí.
Para incentivar os retardatários no assunto a, pelo menos, fechar a torneira enquanto escovam os dentes ou fazem a barba, o designer chinês Yan Lu criou a pia Poor Little Fish (Pobre Peixinho), que tem um aquário acoplado à saída de água. Quanto mais tempo o usuário deixa a torneira aberta, menos água fica no aquário. A intenção é fazer com que as pessoas pensem em quanto seus hábitos diários podem desperdiçar recursos naturais preciosos e afetar a vida de outros seres vivos.
Mas fique tranquilo, não é com água misturada a excrementos de peixe que você vai lavar as mãos: o aquário e a torneira são abastecidos por dois canos diferentes. Eles estão apenas sincronizados para que a água do aquário diminua enquanto a torneira está aberta. Para evitar um atentado proposital à vida do pobre peixe, o nível de água do aquário cai até um limite mínimo, que garante sua sobrevivência. Quando a torneira é fechada, o recipiente é reabastecido. Veja como funciona:
Até que não seria má ideia educar as crianças com o apelo do peixinho dourado. Você teria uma pia dessas na sua casa ou a indicaria para as escolas?
Visite o site do Planeta Sustentável
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Uma Descoberta Após a Outra
Marisa Neves
O desejo de ver crianças e jovens envolvidos em práticas de leitura e escrita tem levado muitos profissionais de educação a procurarem estratégias que os auxiliem no trabalho de sala de aula. Em busca de uma dessas estratégias interessantes para minha prática pedagógica, encontrei em 2002 o Escrevendo o Futuro. Logo percebi que se tratava de um programa sério e coerente, capaz de envolver um grande número de professores e alunos. O material produzido revelava a preocupação com a formação do professor, responsável por conduzir as turmas na realização de diferentes oficinas.
Pela primeira vez, tive contato com a metodologia das sequências didáticas e pude, de forma intensa e ativa, explorar textos na perspectiva dos gêneros. O estudo dos materiais, a realização das oficinas e a reflexão sobre os avanços e as dificuldades dos alunos, tornaram-se instrumento de formação em ambiente de trabalho.
Só por isso, o projeto já seria maravilhoso. Mas havia mais, muito mais.
Nas oficinas presentes nos materiais de orientação, os alunos são incentivados a ler muito. São também convidados a aperfeiçoar uma escrita rica e significativa que nem sempre é valorizada pela escola: a escrita literária. Com o projeto, tive a chance de incentivar meninos e meninas a usarem recursos literários para escreverem seus textos.
No gênero memórias, por exemplo, o aluno realiza uma entrevista para obter informações sobre a história do lugar onde vive. Depois é convidado a colocar-se no lugar de quem narrou a experiência. Escolhendo partes marcantes da entrevista, desenvolve sua criatividade literária, misturando realidade e imaginação.
Encantada com as vivências proporcionadas pelas oficinas, segui participando das edições da Olimpíada, não mais como professora, mas como Coordenadora Pedagógica. Minha tarefa, nessa ocasião, foi transmitir aos professores meu entusiasmo, incentivando e acompanhando cada um deles nas diferentes etapas do concurso. Lembro que, como uma das turmas teve dificuldade em entrevistar uma pessoa do bairro, acabei trazendo um antigo morador da região à escola, para ser entrevistado pelos alunos. Ele era apaixonado por música e trouxe parte de sua coleção de discos de vinil. Acabamos dançando no pátio e as crianças se divertiram muito com a atividade. Depois, organizamos uma exposição com objetos e fotos das famílias dos alunos e convidamos toda a comunidade para conhecer mais sobre a história de seu bairro.
Em 2010, minha participação foi diferente. Como membro da Comissão Avaliadora do Município de São Paulo, pude ler muitos textos de alunos e, naturalmente, continuei aprendendo muito. A utilização de certos recursos estilísticos nas composições deram pistas do desenvolvimento de uma ou outra oficina e da influência do trabalho dos professores na orientação da construção das produções literárias. E que boas produções eu li.
Fazendo parte desta rede de profissionais, empenhados em promover a melhoria da qualidade da educação, sinto-me cada vez mais otimista em relação ao que pode ser a educação no Brasil e tudo o que crianças e jovens deste país ainda serão capazes de construir .
Pela primeira vez, tive contato com a metodologia das sequências didáticas e pude, de forma intensa e ativa, explorar textos na perspectiva dos gêneros. O estudo dos materiais, a realização das oficinas e a reflexão sobre os avanços e as dificuldades dos alunos, tornaram-se instrumento de formação em ambiente de trabalho.
Só por isso, o projeto já seria maravilhoso. Mas havia mais, muito mais.
Nas oficinas presentes nos materiais de orientação, os alunos são incentivados a ler muito. São também convidados a aperfeiçoar uma escrita rica e significativa que nem sempre é valorizada pela escola: a escrita literária. Com o projeto, tive a chance de incentivar meninos e meninas a usarem recursos literários para escreverem seus textos.
No gênero memórias, por exemplo, o aluno realiza uma entrevista para obter informações sobre a história do lugar onde vive. Depois é convidado a colocar-se no lugar de quem narrou a experiência. Escolhendo partes marcantes da entrevista, desenvolve sua criatividade literária, misturando realidade e imaginação.
Encantada com as vivências proporcionadas pelas oficinas, segui participando das edições da Olimpíada, não mais como professora, mas como Coordenadora Pedagógica. Minha tarefa, nessa ocasião, foi transmitir aos professores meu entusiasmo, incentivando e acompanhando cada um deles nas diferentes etapas do concurso. Lembro que, como uma das turmas teve dificuldade em entrevistar uma pessoa do bairro, acabei trazendo um antigo morador da região à escola, para ser entrevistado pelos alunos. Ele era apaixonado por música e trouxe parte de sua coleção de discos de vinil. Acabamos dançando no pátio e as crianças se divertiram muito com a atividade. Depois, organizamos uma exposição com objetos e fotos das famílias dos alunos e convidamos toda a comunidade para conhecer mais sobre a história de seu bairro.
Em 2010, minha participação foi diferente. Como membro da Comissão Avaliadora do Município de São Paulo, pude ler muitos textos de alunos e, naturalmente, continuei aprendendo muito. A utilização de certos recursos estilísticos nas composições deram pistas do desenvolvimento de uma ou outra oficina e da influência do trabalho dos professores na orientação da construção das produções literárias. E que boas produções eu li.
Fazendo parte desta rede de profissionais, empenhados em promover a melhoria da qualidade da educação, sinto-me cada vez mais otimista em relação ao que pode ser a educação no Brasil e tudo o que crianças e jovens deste país ainda serão capazes de construir .
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Brasil Pós-descobrimento
Aspectos do Brasil Pré-colonial (1500-1530)
Por: Luís Hansen
Depois de ser descoberto, o Brasil só foi colonizado por terra a partir de 1526, antes disso, apenas algumas expedições de exploração foram realizadas, para nomear e conhecer a costa brasileira. Nessas expedições, o pau-brasil começou a ser explorado, e, vendo que ele poderia originar um negócio lucrativo, outros países, como a França, começaram a contrabandear essa madeira. Para isso, foram criadas as feitorias.
As feitorias eram ligadas a ideia de colonização e de exploração. Ou seja, as feitorias eram construídas a fim de marcar território e de extrair produtos para Portugal.
Estas funcionavam como mercados, armazéns, alfândegas, defesa e ponto de apoio aos navegadores. Ainda podiam servir como sedes de governo. Foram as feitorias que fizeram com que Portugal se instalasse e se expandisse em territórios sem que precisassem de muitos recursos humanos ou territoriais. A primeira feitoria construída no Brasil foi a de Cabo Frio, por Américo Vespúcio, em 1504. Ela marcou o início da colonização portuguesa nas terras hoje conhecidas como Brasil.
Como as feitorias representavam o comércio local, alguém tinha que administrá-las. E estes eram os feitores, que cuidavam das feitorias sob todas as suas funções. Com o tempo, as feitorias cresceram, e as obrigações dos feitores também. Começaram a controlar o comércio local e depois passaram a representar o rei de Portugal aqui no Brasil, realizando negócios e recolhendo o quinto (imposto da época).
As expedições que ocorreram nesse período, essas que fizeram as feitorias, foram:
1501 - Gaspar Lemos (Comandante)
Objetivo: Percorrer e conhecer o litoral das terras conquistadas
Ações: Nessa exploração, que tinha na tripulação Américo Vespúcio, foi percorrida a costa sul, desde o Cabo de Santo Agostinho até (talvez) 35º de latitude sul.
Resultados: foram descobertos e nomeados a Baía de Todos os Santos, Angra dos Reis e a Ilha de São Sebastião. Foi constatado que o litoral tinha várias extensões de terra com o Pau-Brasil.
1503 – Gonçalo Coelho (Comandante)
Objetivo: Explorar o litoral e fundar feitorias. A expedição aconteceu por causa de um acordo assinado entre a Corte Real e alguns comerciantes ricos de Lisboa, como Fernão de Noronha.
Ações e Resultados: O litoral é explorado e Américo Vespúcio funda a feitoria de Cabo Frio.
1516 – Cristóvão Jacques (Comandante)
Objetivo: Combater o contrabando de Pau-Brasil pelos franceses.
Ações: Fundação da feitoria de Cristóvão Jacques, descobrimento do Rio Prata.
Resultados: Poucos, afinal, a costa do Brasil era (e ainda é) muito extensa para ser totalmente patrulhada.
Como foi dito, a ocupação do Brasil não teve início efetivo até 1526, quando o Governo português começou a ocupar a terra para não perdê-la nas mãos de estrangeiros. Mesmo três décadas depois de declarar a posse das terras no continente sul americano, Portugal ainda não tinha uma estratégia definida para aproveitá-la no contexto de sua política expansionista e mercantilista, a corte não queria perdê-las, mas não sabia a melhor forma de explorá-las. Enquanto isso, o principal produto explorado aqui na época era o pau-brasil (árvore, hoje, rara e em extinção), o qual era utilizado para tingir tecidos, só que não se comparava, naquele momento, ao ouro, aos escravos, à seda, ao cravo e à pimenta e canela trazidas da África e da Ásia. Os portugueses também exploravam os índios no período, dando objetos como espelhos, escovas e colheres para os nativos, que trabalhavam na extração do pau-brasil. Essa prática era conhecida como escambo.
Como já havia sido dito, o lucro que o pau-brasil dava era inferior aos lucros que as especiarias indianas davam a Portugal. Por isso, em 1503, uma organização de cristãos novos (de origem judaica) chefiados por Fernando de Noronha se comprometeu a extrair madeira para a Coroa Portuguesa por três anos. Depois, esse contrato foi prorrogado em 1506, 1509 e 1511, terminando em 1515. Eis as obrigações da Cia. Fernando de Noronha:
- Enviar seis navios anualmente;
- Explorar, desbravar e cultivar, cada ano, uma nova região de 300 léguas;
- Construir nessas regiões fortalezas e guarnecê-las durante o prazo do contrato;
- Pagar uma taxa fixa de 4.000 ducados por ano;
- Destinar à Coroa, no segundo ano do arrendamento, a sexta parte das rendas auferidas com os produtos da terra, e, no terceiro ano, a quarta parte das mesmas.
Tão grande foi a movimentação desse negócio (exportavam 20.000 quintais por ano) durante o arrendamento do Brasil a Fernando de Noronha que esse período foi chamado de ciclo do pau-brasil.
O descobrimento do Brasil também causou impactos na Europa. O eixo econômico, antes localizado na região dos portos do Mar Mediterrâneo, agora foi para os portos do Atlântico.
Processo de Ocupação do Brasil
De início, os portugueses não tinham grandes interesses pelo Brasil, já que estavam interessados com o comércio de especiarias na África e Ásia, principalmente devido à descoberta de uma nova rota até a Índia, por Vasco da Gama. Como não se havia descoberto minerais preciosos até então no Novo Mundo, e o pau-brasil não proporcionava um lucro tão grande, apenas algumas poucas expedições foram realizadas até 1530.
Porém a situação mudou quando foi introduzida a cultura de cana-de-açúcar, proveniente da ilha da Madeira. Assim, deu-se início à agricultura comercial no Brasil. Porém, com isso surgiu também a necessidade de uma agricultura de subsistência e de uma criação de gado. Esta foi realizada primeiramente na capitania de São Vicente, e depois em Salvador, de onde se espalhou para o resto do território.
O açúcar, naquela época, era um bem extremamente valioso, sendo caro e disponível apenas aos mais ricos, que ainda assim usufruíam de quantidades pequenas. O aumento de sua demanda na Europa foi o gatilho que fez com que Portugal começasse a estabelecer engenhos em todas as capitanias hereditárias, e arrecadando muito capital com sua revenda.
Com o objetivo de explorar mais a fundo o território, foram realizadas as entradas e, mais tarde, as bandeiras.
A primeira eram excursões organizadas pelos governadores e financiadas pela corte, e tinha como objetivo a captura de indígenas e a procura por ouro e prata. As principais partiram da capitania de São Vicente; e muitas delas acabaram formando vilas e cidades no interior do território.
As bandeiras também eram destinadas ao interior inexplorado do Brasil, porém eram financiadas por comerciantes e fazendeiros, e eram compostas por aventureiros e mamelucos (filhos de branco com índio) paulistas. Através do ponto de vista atual, pode ser dito que os bandeirantes, como foram chamados, eram bandidos. Isso se deve ao fato de que à medida que iam adentrando o território, violavam índias, capturando várias delas como concubinas; matavam e escravizavam indígenas, além de cometerem outras atrocidades. Porém, definitivamente, as bandeiras, assim como as entradas, tiveram papel fundamental para o desenvolvimento da Colônia portuguesa, já que contribuíram para o processo de interiorização, criando as primeiras vilas distantes do litoral; proporcionaram um aumento do território, à medida que ocupavam áreas que pertenciam originalmente à Espanha.Referência:
Brasil História e Sociedade, de Francisco. P. Teixeira
História Global: Brasil e Geral, de Gilberto Cotrim
Atlas da História do Mundo - Publicações do jornal "The Times", publicado como livro pela "Times Books", uma divisão da Harper Collins Editores. Editado por Geoffrey Parker. 1993 - "The Times Atlas of World History".
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Comentário e crítica do filme: Karate Kid
por Thomas Wang
O remake de Karate Kid, apesar das críticas é realmente um belo filme. Para quem assistiu e, como eu, ainda assiste os antigos filmes da saga vai estranhar muito o contexto da história, mas a base principal é a mesma, mudando-se os personagens e o local.
Quando sua mãe é transferida pela montadora em que trabalha para capital da China, Beijing (para os estrangeiros, Pequim), Dre Parker se vê perdido, não só pela cultura e fuso horário, mas no início, principalmente com a língua. Já no primeiro dia encontra uma garota que chama sua atenção, Meiying (Wenwen Han) tocando violino, à partir daí, ela é o principal motivo de sua brigas, jáque as primeiras suras que Dre leva são de Cheng (Zhen Wei Wang) e sua gangue, um conhecido dela, que pelo que parece, gosta dela. Para que não apanhe, após várias surras, o zelador do seu prédio, senhor Han (Jackie Chan) resolve ensiná-lo o verdadeiro kung fu, já que Cheng aprende o kung fu de uma academia, que ao visitá-la, Han percebe o que se tornou o kung fu de hoje. Han tenta resolver o problema de Dre, mas o envolve em outro, já que, para que deixem Dre em paz Han o inscreve no Torneio de Kung Fu da cidade. Por algum tempo Dre fica em paz, mas treinando arduamente, pondo e tirando o casaco, literalmente. Agora em paz, Dre aos poucos se aproxima da menina e evolui no kung fu. Com o tempo ganha autoconfiança e vai
conhecendo o senhor Han, que vai lhe ensinando o kung fu e vai conhecendo seu mestre, a história de sua vida... Algumas cenas chamam a atenção, como o teatro das sombras, os treinos na Muralha da China,o templo budista no ato da montanha e os golpes em câmera lenta... Vou parar por aqui para não virar spoiler, mas vale apena conferir o fime, que está em quase todos cinemas da capital paulista.
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Karate Kid (The Karate Kid) - 140 min
EUA, China - 2010
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji Henson, Wenwen Han e outros.
Trailer do filme 1 :
Trailer do filme 2:
domingo, 5 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
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