quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Detetives Urbanos e a Lenda do Surfista do Forte *PARTE 2

Detetives Urbanos


Introdução
Este é um livro policial, de provações e aventuras. Os livros trazem as aventuras da turma do Samuel, uma turma de amigos que já viajou em eras diferentes da sua, o século XXI. Nesta aventura, a primeira, eles vão fazer duas viagens, uma no tempo e outra, mais simples, para o litoral paulista.
Visite nosso site, http://www.reescolando.blogspot.com/ , há publicações diárias e mensalmente uma nova aventura dos DETETIVES URBANOS, ainda há a série DETETIVES URBANOS ONLINE, onde você pode ajudar a resolver os mistérios. Mensalmente no site e com nossos cooperadores.
Boa leitura!
Thomas Tyn Chow Wang & Luís Henrique das Neves

Autor Escritor, desenhista e editor

Apresentando...
A turma é formada por: Eugênio, Samuel, Bistequinha, Neura, Zé Nerd, Rita, Ana, Luisa e Fernanda. Aqui uma breve apresentação da turma:
SAMUEL (ou SAMUCA) – Eu, sou guia, estrategista e segundo cérebro da turma, ás vezes, admito, sou exibido e exagerado.
EUGÊNIO – Gênio de nome e de cabeça, é o cérebro da turma. Ás vezes se exibe pelas notas, mas todos sabem que é superdotado.
BISTEQUINHA (ou BISTECA) – Adora a parte da carne que todos chamam de bisteca mas ficou Bistequinha por causa do tamanho, baixinho, puxa-saco e exibido, deixa de ser chato quando não está nestas condições.
ZÉ NERD (ou NERD) – Se diz o Eugênio, mas sente inveja do verdadeiro. É muito legal quando não está de mau humor (como toda turma), é na realidade o terceiro cérebro da turma.
NEURA (ou MATHIAS) – O nome original era Mathias, o apelido só foi decidido depois desta aventura, é que ele teve “um ataque de neura” pois sua namorada foi raptada pelo Bando Roubador.
RITA (ou MARIA) – Namorada do Neura, ela é legal, super gente boa, bem humorada e educada. Adora o Neura e só não gosta quando ele fica irritado ou como podemos dizer, neurótico.
ANA (ou CAROL) – Minha namorada, linda, super legal, educada, bem-humorada, parece uma Rita melhorada. Muito bem humorada! Só se irrita se algum dos nossos brigar com outro.
LUISA (ou LU)– Irmã seis anos menor da Ana, muito legal, bonitinha e inocente, vive brincando com Fernanda. São muito amigas, aliás foi por essa amizade que conheci a Ana.
FERNANDA (ou Fê) – Minha irmã, muito legal, mas também muito irritante. Tem grande amizade com a Luisa, irmã da Ana. Graças a essas duas hoje, eu e a Ana namoramos.


Capítulo 1 A Lenda do Surfista do Forte
Bom, vamos à história. Esta é uma aventura da Lenda Do Surfista Do Forte. Reza a lenda que na Segunda Guerra Mundial um surfista morreu nos rochedos que cercam um dos fortes de Praia Grande, o mais próximo da cidade. Os habitantes de Praia Grande dizem que o Surfista Do Forte aparece toda sexta-feira, pontualmente ás dez da noite. Dizem que ele é brilhante, dourado, prateado e bronzeado (desculpem o trocadilho). Alguns moradores dizem que muitas vezes aparece um grupo de surfistas com esta aparência.

Capítulo 2 Férias!!!
Estávamos no último dia de aula, 14 de dezembro, era certeza que toda classe ia passar, então depois iriam para Praia Grande, no litoral paulista.
TRIM-TRIM
Era o sinal! Logo pulei da carteira e gritei:
-Viva! Praia Grande aí vou eu!
-Praia Grande aí vamos nós! – disse Zé Nerd.
-Ah... Adoro essa aula... – lamentou falsamente Bistequinha.
-Puxa-saco é mesmo chato! – reclamou Eugênio – Você é mesmo besta Bisteca! – completou.
-Nós, Zé?! Como Nós?! - eu me perguntava.
-Nós! Sua família nos convidou para ir, Samuca! – respondeu Zé Nerd.
-Nos convidou?! – exclamaram juntos Eugênio, Bistequinha e Neura.
-Nos convidou? Tem certeza Nerd? – perguntou Neura.
-É! Falei com a mãe do Samuca ontem, por telefone.
-O quê?! Como?! Onde?! Quando?! – me desesperei.
-Credo Samuel! Parece que está fazendo o lide de uma reportagem! – falou Rita, namorada do Neura.
-Concordo! – disse Ana, minha namorada.

Capítulo 3 À caminho do Paraíso Perdido
Lá estávamos nós. À caminho do Paraíso Perdido. Em um comboio de 3 carros, rumo à Praia Grande, no litoral paulista. Fomos pelo Sistema Imigrantes-Anchieta, que estava calmo, era dia 15 de dezembro, primeiro dia das férias escolares. Devido ao fato das férias o pedágio havia subido um pouco, R$ 19,70, normalmente era R$ 12,50, em natais, anos-novos e feriados era R$ 25,00, pelo menos.
Ao chegar em Praia Grande, nós vimos a casa como havíamos deixado na última vez que pisamos nela. O feriado de Finados. Alguns lendo isso vão dizer, “Você viaja pouco, não?”, outros dirão: ”Você viaja muito!”. Tanto faz mas a casa estava lá desde o feriado de Finados. Igual a deixamos. Exceto por um pequeno motivo... Havia um carro desconhecido na garagem, logo depois reconheci o dono do veículo vindo em nossa direção. Era Lucas nosso vizinho de muro. Chegou dizendo:
-Desculpem! Não sabia que vocês vinham tão cedo... Puf... Puf... Deixem-me tirar o carango daí. Uau! Seu Dé, quanta gente veio com você?! – Lucas parecia espantado com tanta gente. Ele tinha uma mania estranha de todo objeto movido a motor, que transporta mais que duas pessoas é carango. Não sei por que ainda chama meu pai de Seu Dé, certo meu pai é mesmo André, mas por que seu? Deve ser coisa de respeito já que meu pai é cliente da lanchonete do Lucas.
Meus amigos pareciam assustados com aquela figura, então resolvi apresentar o Lucas para eles. Achei melhor dizer quem era o Lucas, depois explicaria o quê o carro dele fazia em nossa garagem, por que chamava meu pai de Seu Dé.
-Pessoal, esse é o Lucas, nosso vizinho de muro. – expliquei.
-Parecia mais um atleta depois de perder maratona. – comentou Neura.
-Como se você fosse melhor! – provocou Eugênio.
-Você também não pode falar nada... - retrucou Nerd – Ainda mais com essa roupa de cientista maluco, nesse calor de trinta graus.
-O nome desta roupa de cientista maluco é jaleco, - enfatizou Eugênio – Melhor que calça jeans recortada nos joelhos!
E nós todos caímos na gargalhada. Menos Nerd, que estava ofendido pela piada feita com suas calças.

Capítulo 4 Uma cidade desconhecida
Depois de “dar uma geral” na casa, fechada à tempos, cada um pegou sua bicicleta (bike) e foi para a calçada. Tínhamos combinado que chegando à cidade, daríamos um passeio de bike como um city tour. Então fomos. Resolvi que antes de conhecer a cidade, veríamos pontos mais importantes, farmácia, hospital, delegacia, etc. Fomos ver a farmácia que ficava um quarteirão abaixo, o farmacêutico que já me conheci, também se assutou com tanta gente na (pequena) farmácia dele. Depois fomos à delegacia, ao Corpo De Bombeiros, ao Hospital, ao Atacadão ou supermercado. Depois chamei todos e disse:
-Vamos para a Rua Da Praia!
-Até que enfim! - resmungou Bisteca.
-Fecha a matraca, ta viajando de graça e ainda reclama! – reclamou Neura.
-E de qualquer modo devemos conhecer locais importantes, usados e emergências! – completou Eugênio.
Descemos até a Grande Praça (que fica um quarteirão abaixo) e o Neura e o Bisteca já estavam cansados... Nem o Eugênio com aquela pança e aquele ‘jalecozinho’ se cansara tanto. Paramos na “Sorveteria Familiar”, na realidade é uma sorveteria na garagem da casa. Cada qual tomou um sabor: eu tomei de Chocomenta, o Eugênio de Creme, o Bisteca de Limão, o Neura de Morango, a Ana de Napolitano e a Rita de Milho Verde. Como pegamos coberturas, confeitos e todas estas coisas a conta saiu alta: R$ 27,73. Então peguei uma nota de R$ 50 e dei à atendente. Ela começou a contar as notas do caixa para dar o troco, e vi que não tinha muitas, então cochichei para ela:
-Me dá duas de dez e fica com o resto.
Ela agradeceu e disse que isso ia ajudar na reforma do lugar.
Então descemos a Avenida Guilhermina, rua da casa e passamos por dois pontos conhecidos na cidade inteira, a Fonte Das Três Bandeiras e o Barco De Praia Grande, quando a Avenida Gulhermina acaba na Rua Da Praia.
Todo grupo se olhou, mas que praia imensa! Eu não via nada de novo, apenas um pôr-do-sol mais alaranjado e menos gente na cidade... Para quebrar o espasmo coletivo a Ana falou:
-Se a essa hora a cidade é assim, imaginem amanhã nós na areia...
-Surfando nessas ondas, com nossas mini-pranchas... – acrescentou Neura, e completou –Comendo um espetinho de camarão...
-Com uma raspadinha de uva... – disse Rita.
-Maravilha... Pena que o amanhã é o amanhã! – reclamou Eugênio.
-Vocês vão dar de vagabundos e dormir nas garupas ou querem conhecer a cidade? – perguntei sendo irônico.
-Ta bem, vam’bora galera! – chamou Bisteca.

Capítulo 5 O Boqueirão e outros bairros
Quando o clima de “olha o tamanho desse lugar” foi quebrado parei no Quiosque do Dinho e pedi algumas garrafas de água. Dei uma pra cada e perguntei:
-Vocês querem ir pro Boqueirão ou para a Aviação?
De tão acabados apenas falaram a primeira letra do bairro. Então lá fomos nós, rumo ao bairro do Boqueirão.


Livro disponível em :

Janeiro de 2008

Capítulo 5 O Boqueirão e outros bairros
Então descemos a Avenida Guilhermina, rua da casa e passamos por dois pontos conhecidos na cidade inteira, a Fonte Das Três Bandeiras e o Barco De Praia Grande, quando a Avenida Gulhermina acaba na Rua Da Praia.
Todo grupo se olhou, mas que praia imensa! Eu não via nada de novo, apenas um pôr-do-sol mais alaranjado e menos gente na cidade... Para quebrar o espasmo coletivo a Ana falou:
-Se a essa hora a cidade é assim, imaginem amanhã nós na areia...
-Surfando nessas ondas, com nossas mini-pranchas... – acrescentou Neura, e completou –Comendo um espetinho de camarão...
-Com uma raspadinha de uva... – disse Rita.
-Maravilha... Pena que o amanhã é o amanhã! – reclamou Eugênio.
-Fazendo fortalezas de areia contra o mar... – imaginou Nerd.
-Vocês vão dar de olhe-e-comente-mas-nunca-experimente e dormir nas garupas ou querem conhecer a cidade? – perguntei sendo irônico.
-Ta bem, vam’bora galera! – chamou Bisteca.
-Puxa-saco de líder... – alguém falou ao meio do burburinho de comentários.

Capítulo 6 O Boqueirão e outros bairros
Quando o clima de “olha o tamanho desse lugar” foi quebrado parei no Quiosque do Dinho e pedi algumas garrafas de água. Dei uma pra cada e perguntei:
-Vocês querem ir pro Boqueirão ou para a Aviação?
De tão acabados apenas falaram a primeira letra do bairro. Então lá fomos nós, rumo ao bairro do Boqueirão. Chegando lá o bairro estava mais vazio que o habitual, mas sempre há gente por lá. Alguns quiseram ir nos bazares outros nas lojas específicas... Fizemos uma votação e fomos para a loja de brinquedos que tinha de tudo! Cada pegou sua carteira e começou a contar quanto tinha trazido... Cada um comprou uma coisa diferente do outro: War Império Romano, Star Wars Lego II, DVDs do Indiana, do GOSEBUMPS (é assim que escreve?)...
Depois pegamos as bikes e fomos na sorveteria ‘por quilo’ da DiGênio. Quem ficou se achando foi o Eugênio. Até o Bistequinha se enfezou:
-Pô! Para de encher Gêninho! Fica se achando só porque o nome da sorveteria é parecido com o seu!
-Há! Inveja só porque você, de tão BistequINHA, não tem nada com seu nome... Até seu nome é de carne! Há! Há! Há! Há! – retrucou o Eugênio.
-fecha a matraca Gêninho! – reclamou a Rita – Cê tá mesmo se achando!
-Que tal irmos para o Forte? – perguntei para acabar com as discussões.
-Opa! Gostei! Adoro esses lances de cultura, de religião... – comentou Bistequinha.
-Seu asno! Não é morte e sim forte! – gritei e descasquei – Querendo aparecer, para você um conselho, se quiser realmente aparecer... -Hum? Fala Samuca! – Bistequinha falou...
-Cresça e apareça! Há! Há! Há!
-Há! Há! Há! Ótima! Há! Há! Há! – riu o Gênio como vingança...
-Há! Há! Há! Há! Há! Há! – e todos caíram naquela gostosa risada... Parecia que aquele verão ia ser o melhor verão de férias de toda minha vida...

Capítulo 7 Pedalando pela cidade...Vendo o pôr-do-sol...
Depois de tantas piadas voltamos a pedalar, fomos até o bairro da Aviação e quando Neura viu a placa falou distraidamente:
-Adoro aviões, só não gosto dos militares.
-Santa Maria mãe de Jesus! É só o nome o bairro, já teve base da Força Aérea, por isso se chama Aviação! – expliquei.
-Ah! – exclamaram alguns do grupo.
-Vam’bora! Se não escurece antes de ver tudo! – apressei o grupo.
Não sei o que cada um pensava enquanto nós pedalávamos, mas sei que a Ana me olhava como se dissesse: “Como você tem um espírito de aventureiro!”. Já o Eugênio olhava o mar enquanto pedalava, quase que cai de tão distraído, o Neura conversava com a Rita, o Zé olhava a praia e o Bisteca caiu mesmo! Foram tantas risadas que ninguém conseguiu pedalar mais! Até um policial daqueles de bike comentou:
-Cuidado garotada! Desse jeito vem um mais apressado e passa por cima de vocês!
E eu expliquei:
-É que o nosso companheiro levou um tombo! Um tombo daqueles!
-Certo...Mas sendo assim saiam da pista... – ele avisou.
-Ok! Há! Há! Há! – Agradeci e voltei a rir.
Chegamos ao bairro da Aviação, a maioria de nós já estava exausta devido a esse passeio. Paramos num quiosque e tomamos algo, então vimos como o pôr-do-sol estava lindo! Peguei a mão da Ana... Eu sabia que ela aceitaria... Um outro dia ela comentara: “Adoraria namorar ao pôr-do-sol...”.

Capítulo 8 Começam os saques
Voltamos para a casa, quando chegamos havia uma multidão na frente da casa vizinha. Repórteres, policiais, curiosas e várias outras pessoas se juntavam para ver algo na casa 186. Tentamos furar o ‘bloqueio’ imposto pela multidão, quando conseguimos vi outra barreira, mas policial. Cheguei perto de um cabo e perguntei se nós podíamos passar. O guarda respondeu:
-Tá me zoando? Houve um roubo, seqüestraram duas pessoas e você pergunta se pode passar?
-O quê? Como assim?! – exclamamos juntos – Somos vizinhos desses caras! – eu completei, para o policial nos dar algum crédito.
-Hum... Talvez vocês possam ser úteis na investigação... – raciocinou o policial. E completou: -Venham comigo.
Concordei e fomos com ele. A família da casa vizinha, agora sabíamos, fazia parte de uma quadrilha de narcotraficantes. Como nunca percebemos as estranhezas desses nossos vizinhos tão misteriosos? A turma jamais poderia saber, mas e eu? Ia para lá todas férias, exceto as de inverno, morávamos em casas geminadas, “Como eu nunca reparei?” pensava até o sub-delegado aparecer. Trememos ao dizer um simples “bom-dia”...
O sub-delegado parecia um homem corrupto, um homem cruel, um homem frio... Não sei qual das palavras o define melhor, mas o sub-delegado mas ele era tudo isso... Creio que ele fora militar, havia medalhas militares, um diploma com a inscrição “SARG. GUSTAVO ALVES – SERVIU EXÉRCITO BRASILEIRO É PROTEGIDO PELA LEI DE ANISTIAÇÃO”. Só de ler a inscrição Gênio cochichou: -Esse cara atuou na Ditadura Militar... Ele me parece perigoso... Tipo suspeito...
-Concordo... Muito estranho um ex-soldado virar sub-delegado... Ainda eu que sei de coisas militares... – comentei.
Nem mal falei com o Gênio o delegado perguntou:
-Quem aí é o líder?
Ana fez menção de apontar para mim, mas a repreendeu Bisteca com um ‘cutucão’. Neura chegou a ‘abria a boca para falar’, mas Gênio falou primeiro:
-É o Samuca, senhor.

Capítulo 9 Diante das autoridades
Mal tive tempo de xingar o Gênio pois o tal sub-delegado Gustavo já me perguntava:
-Como você se chama? Onde mora? Por que tentou furar
a barreira? O que você sabe dos homens do Grupo Líder?
Fiz que ia responder, mas onde estava minha coragem? Então pensei: “Que saco, mal chegamos à praia tem um crime no vizinho! Lá se vão as férias... Mas vamos deixar de lado o egoísmo e ver o que este cara tem de estranho”. Estufei o peito de coragem e gritei:
-Quem é o senhor? Sabia que abuso de poder é crime? Posso processá-lo por danos morais e ainda pedir uma grossa indenização!
Nesta hora o sub-delegado amansou, mas não recuou:
-Sabe de leis... Interessante... Com quem você acha que está falando? Sou o sub-delegado Alves! Agora responda as minhas perguntas!
Nesta hora Ana me deu um ‘toque’, acho que ela quis dizer: ”Não adianta discutir com gente assim!”. Quando comecei a falar o “tal” delegado subistituto começou a explicar sua, o que eu chamava de, chatice:
-Me desculpem, garotos. Achei que vocês tinham alguma relação com o crime, mas agora vi que não tem. Mas expliquem me o que vocês sabem sobre o Grupo Líder? Conheciam o senhor Belgrando?
-Calma, doutor! – Essa nem fui eu, foi Rita que falou. Achei que ela sentia medo do sub-delegado, pois ela estava calada até então.
-Certo... É meu primeiro caso com o Grupo Líder, mas o delegado Santos já me avisou para tomar cuidado, ele diz que nunca resolveu um caso referente à eles, ou ao Comando Central.
-Entendemos o que é primeiro caso para um policial, mas não temos nada haver com esse Comando Líder ou esse Grupo Central... – falou Neura.
-É Grupo Líder e Comando Central, - corrigiu o Dr Gustavo –Eles são muito perigosos...
-E o que nós podemos fazer para ajudar nas investigações? – perguntei.
-Nada, mas me comuniquem imediatamente no caso se algo de estranho acontecer pelas redondezas daquela região.
-Certo, vamos para casa. – finalizou Rita.
No caminho de casa discutíamos sobre o crime, sobre o estranho sub-delegado Alves e o vizinho que eu, que sempre ia à praia e ficava naquela casa, desconhecia.

Capítulo 10 O Surfista Do Forte aparece pela primeira vez
Vocês não podem me chamar de covarde, mas depois do saque-e-sequestro na casa ao lado ninguém dormiu direito. Alguns pais pensaram em voltar para São Paulo, mas os nossos pedidos de ficar foram maiores.
No dia seguinte não fomos à praia, fomos ao Boqueirão e ao Forte (ainda não tínhamos visto o tal Surfista), fazer compras e reservar os lugares no ônibus de turismo, que fazia o circuito Ponta do Mirante (o fim da praia, extremo sul da cidade) e Forte, o ônibus corria a cidade inteira pela Rua Da Praia. E ainda entrava nos três fortes, que na época apenas um estava aberto à visitação).