MUNDO DA LUA
CORRIDA ESPACIAL - SUPER INTERESSANTE
Texto original: Tiago Cordeiro e Alexandre Versignassi
Adaptação, continuação e digitação: Thomas Wang
Ganha US$ 20 milhões quem chegar primeiro. e leva US$1 trilhão quem estiver lá na hora certa. Em setembro, o Google ofereceu US$ 30 milhões em prêmios para as duas primeiras empresas que chegarem à Lua. Dois terços disso vão para o primeiro que pousar uma nave lá e fizer um jipe-robô (como os da NASA em Marte) rodar pelo menos 500 metros, transmitindo imagens ao vivo para a Terra . Mais US$ 5 milhões vão de bônus se o robô fizer alguma tarefa extra, como achar gelo, filmar restos das 6 naves Apollo que estão lá ou sobreviver à noite lunar (quando a temperatura cai de 100 C para -173 C). E outros US$ ficam de de prêmio de consolação para a segunda colocada. A oferta vale até o final de 2012. Mas e aí? Vale a pena entrar nessa só pelo dinheiro? A princípio, não. Para a cientista brasileira Duilia de Mello, da NASA, a viagem a viagem custaria US$ 25 milhões, pelo menos. o bilionário americano Elon Musk, dono da SpaceX, estima um preço ainda mais estratosférico: US$ 60 milhões. "Mas isso não impede as pessoas de tentar, porque quem ganhar essa corrida vai estar um passo à frente dos concorrentes no futuro da exploração espacial", diz ele. O que esses concorrentes buscam, afinal, são oportunidades de lucro. A fonte mais óbvia é o turismo espacial. Tanto que uma companhia americana, a Space Adventures, já está vendendo passagens para turistas que quiserem dar uma volta até a orbita da Lua no final da década. O preço da passagem: US$ 100milhões por cabeça. Mas não fiza só nisso. É possível também minerar na Lua, por exemplo o hélio-3, um combustível nuclear raríssimo na Terra e abundante na Lua. O mais importante: ele não produz lixo radioativo. As usinas de fusão atômica, capazes de processar o hélio-3, só devem começar a atuar na 2a metade do século. Mesmo assim EUA, China e Rússia já declaram interesse em minerar o hélio-3 lá na Lua.
Fora que se coletarmos 1% da energia solar que bate na Lua, teremos eletricidade para 10 bilhões de pessoas, estima o físico David Criswell, da Universidade de Houston. Como essa energia chegaria aqui? Por microondas. Não o microondas da cozinha, mas as microondas, que transmitem energia sem fio. Segundo ele, esse é um mercado que pode render mais de US$ 1 trilhão a quem tiver coragem e grana para investir hoje.
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