A História de João Grilo
By Louis
Havia um rapaz chamado João Grilo, que era muito pobrezinho.
Os pais queriam, a todo o custo, casa-lo rico, apesar da sua pobreza e falta de educação.
Um dia, espalhou-se por toda a terra que tinham desaparecido as jóias de uma princesa q que o rei, seu pai, daria a mão da princesa em casamento a quem descobrisse o autor do roubo; mas também castigaria com a morte quem se fosse apresentar e que no fim de três dias não descobrisse o ladrão.
Começaram os pais de João Grilo a meter-lhe em cabeça que fosse tentar fortuna, mas o rapaz não queria, vendo que já alguns tinham sido mortos por não encontrar o ladrão em três dias.
Enfim, tanto o atentaram que se foi apresentar ao rei.
Os guardas do palácio não o queriam deixar entrar por o verem muito roto, e começaram a escarnecê-lo dizendo-lhe que era doido e etc.
Por fim lá o deixaram entrar.
O rei e a princesa também riram muito dele, mas não tiveram remédio senão cumprir sua palavra.
Meteram-no num quarto e deram-lhe três dias para pensar. Ia só um criado dar-lhe de comer; e à noite, quando esse criado lhe perguntou se queria mais alguma coisa, ele respondeu que não, e, ao mesmo tempo, dando um suspiro, disse:
- Já lá vai um!
O criado saiu muito atrapalhado e foi ter com os outros dois, a quem contou as palavras de João Grilo.
Esses criados eram justamente os que tinham roubado as jóias, e julgando que João Grilo tinha conhecido um dos ladrões, por disso dissera aquilo.
Enganavam-se, pois João se referia a um dia, já lá vai um dia, e ele caminhando para a forca.
Os criados combinaram que, no dia seguinte, iria outro para ver se João Grilo também o conhecia.
Assim fez; à noite, quando perguntou se queria mais alguma coisa, João Grilo respondeu que não e repetiu, suspirando:
- Já lá vão dois!
O criado ficou assustadíssimo e foi logo contar aos outros.
Imagine como eles ficaram.
No dia seguinte foi o outro, e quando este perguntou se queria alguma coisa, João Grilo respondeu que não, e suspirando lamentou:
- Pronto, já lá vão os três!
Nessa hora, o criado, pensando que João havia os descobertos, jogou-se aos pés do mesmo e implorou:
- é verdade senhor, fomos nós três, mas peço-lhe, por tudo que há, não diga nada ao rei que somos nós os ladrões, se não ficaremos desgraçados! Damos todas as jóias, mas com a condição de não dizer nada!
João Grilo caiu das nuvens, porém fingiu que havia mesmo adivinhado.
Ele, então, prometeu não contar nada ao rei e mandou-o pegar as jóias, que ele trouxe logo.
Como tinham findado os três dias, o rei foi ter com João Grilo e perguntou-lhe:
- Então, descobriste?
- Saiba vossa majestade, que sim senhor! – disse ele, apresentando as jóias, sem dizer quem foi.
Imagine como ficou a princesa, ao saber que teria que casar com aquele maltrapilho!
Chorou muito e pediu ao pai para que não casasse com o tal, mas ele dizia que palavra de rei não voltava atrás.
João grilo, que tinha bom coração, vendo a repugnância da filha em casar-se com ele, disse que desistia do casamento.
O rei gostou muito e disse a ele que pedisse o que quisesse, que ele tudo o faria.
João Grilo pediu para ficar no palácio.
O rei consistiu e deu-lhe muitos sacos de dinheiro. Ficou o rapaz no palácio, e o rei julgava-o um adivinhão.
Um dia, o rei apanhou na mão um grilo, e perguntou ao João Grilo que adivinhasse o que tinha na mão.
O rapaz, coitado, começou a coçar a cabeça, dizendo:
- Ai! Grilo, Grilo, em que mãos estas metido!
O rei, julgando que ele referia-se ao grilo fechado em sua mão, ficou muito contente, dizendo:
- Adivinhaste! Adivinhaste! É um grilo!
E deu-lhe muito dinheiro.
Grilo, vendo-se rico e com medo de que não adivinhasse mais nada, pediu ao rei para que pudesse ir embora.
O rei ficou muito triste com a saída do rapaz e insistiu para que ficasse, mas não teve outro jeito, ele foi embora.
E João Grilo fez sua fortuna e viu-se livre do rei
Os pais queriam, a todo o custo, casa-lo rico, apesar da sua pobreza e falta de educação.
Um dia, espalhou-se por toda a terra que tinham desaparecido as jóias de uma princesa q que o rei, seu pai, daria a mão da princesa em casamento a quem descobrisse o autor do roubo; mas também castigaria com a morte quem se fosse apresentar e que no fim de três dias não descobrisse o ladrão.
Começaram os pais de João Grilo a meter-lhe em cabeça que fosse tentar fortuna, mas o rapaz não queria, vendo que já alguns tinham sido mortos por não encontrar o ladrão em três dias.
Enfim, tanto o atentaram que se foi apresentar ao rei.
Os guardas do palácio não o queriam deixar entrar por o verem muito roto, e começaram a escarnecê-lo dizendo-lhe que era doido e etc.
Por fim lá o deixaram entrar.
O rei e a princesa também riram muito dele, mas não tiveram remédio senão cumprir sua palavra.
Meteram-no num quarto e deram-lhe três dias para pensar. Ia só um criado dar-lhe de comer; e à noite, quando esse criado lhe perguntou se queria mais alguma coisa, ele respondeu que não, e, ao mesmo tempo, dando um suspiro, disse:
- Já lá vai um!
O criado saiu muito atrapalhado e foi ter com os outros dois, a quem contou as palavras de João Grilo.
Esses criados eram justamente os que tinham roubado as jóias, e julgando que João Grilo tinha conhecido um dos ladrões, por disso dissera aquilo.
Enganavam-se, pois João se referia a um dia, já lá vai um dia, e ele caminhando para a forca.
Os criados combinaram que, no dia seguinte, iria outro para ver se João Grilo também o conhecia.
Assim fez; à noite, quando perguntou se queria mais alguma coisa, João Grilo respondeu que não e repetiu, suspirando:
- Já lá vão dois!
O criado ficou assustadíssimo e foi logo contar aos outros.
Imagine como eles ficaram.
No dia seguinte foi o outro, e quando este perguntou se queria alguma coisa, João Grilo respondeu que não, e suspirando lamentou:
- Pronto, já lá vão os três!
Nessa hora, o criado, pensando que João havia os descobertos, jogou-se aos pés do mesmo e implorou:
- é verdade senhor, fomos nós três, mas peço-lhe, por tudo que há, não diga nada ao rei que somos nós os ladrões, se não ficaremos desgraçados! Damos todas as jóias, mas com a condição de não dizer nada!
João Grilo caiu das nuvens, porém fingiu que havia mesmo adivinhado.
Ele, então, prometeu não contar nada ao rei e mandou-o pegar as jóias, que ele trouxe logo.
Como tinham findado os três dias, o rei foi ter com João Grilo e perguntou-lhe:
- Então, descobriste?
- Saiba vossa majestade, que sim senhor! – disse ele, apresentando as jóias, sem dizer quem foi.
Imagine como ficou a princesa, ao saber que teria que casar com aquele maltrapilho!
Chorou muito e pediu ao pai para que não casasse com o tal, mas ele dizia que palavra de rei não voltava atrás.
João grilo, que tinha bom coração, vendo a repugnância da filha em casar-se com ele, disse que desistia do casamento.
O rei gostou muito e disse a ele que pedisse o que quisesse, que ele tudo o faria.
João Grilo pediu para ficar no palácio.
O rei consistiu e deu-lhe muitos sacos de dinheiro. Ficou o rapaz no palácio, e o rei julgava-o um adivinhão.
Um dia, o rei apanhou na mão um grilo, e perguntou ao João Grilo que adivinhasse o que tinha na mão.
O rapaz, coitado, começou a coçar a cabeça, dizendo:
- Ai! Grilo, Grilo, em que mãos estas metido!
O rei, julgando que ele referia-se ao grilo fechado em sua mão, ficou muito contente, dizendo:
- Adivinhaste! Adivinhaste! É um grilo!
E deu-lhe muito dinheiro.
Grilo, vendo-se rico e com medo de que não adivinhasse mais nada, pediu ao rei para que pudesse ir embora.
O rei ficou muito triste com a saída do rapaz e insistiu para que ficasse, mas não teve outro jeito, ele foi embora.
E João Grilo fez sua fortuna e viu-se livre do rei
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