domingo, 28 de março de 2010

Domingo de Ramos

Entrada de Jesus a Jerusalém (Lc 19,18-40).
A festa do Domingo de Ramos é celebrada desde o II século d.C. Ela lembra que Jesus é o Messias, enviado por Deus, e o Rei do Universo. No IV século temos noticias de como era celebrada esta festa. O cortejo saía da Igreja da Eleona, no Monte das Oliveiras, e prosseguia até o Calvário, guiado pelo bispo montado sobre um jumento. Quem nos dá essas informações detalhadas da festas é uma tal de Egeria, uma peregrina, que, ´por nossa sorte, anotou tudo que presenciou nas páginas do seu diário de viagem. Este escrito remonta ao ano 381. O rito da procissão do Domingo de Ramos se conserva até hoje na Igreja Latina (Ocidente) e na Igreja Grega (Oriente). 
Descrição do ícone.
Os ícones relativos a esta festa surgiram no século IV. O ícone acima tende a ressaltar a realeza de Cristo que se manifesta na iminência da Páscoa: a entrada triunfal de Jesus a Jerusalém, na realidade, é a prefiguração do seu triunfo da morte. O Cristo é o personagem principal da composição cromática, por isso ele é situado no centro do ícone. Ele cavalga um jumento, sentado de lado, como costumavam fazer os reis do Oriente, e avança majestosamente revelando uma grande autoridade. O seu corpo é orientado para a cidade de Jerusalém, mas o seu olhar é direcionado aos discípulos. Os dois dedos da sua mão direita, que apontam para si mesmo, sugerem a sua dupla natureza: a humana e a divina. A mão esquerda segura o rótulo das Escrituras, cuja palavra escrita é ele mesmo. A túnica vermelha, da qual é vestido, sublinha contemporaneamente, a assunção da natureza humana, realizada na encarnação, e a sua realeza, manifestada plenamente no extremo sacrifício da cruz. O manto azul simboliza a sua divindade. A estola amarela (pouco visível), que cai rente ao ombro direito, sugere a missão vitoriosa do Cristo Sacerdote, que com sua morte e Ressurreição salvou o mundo.
Aos pés da montanha, o grupo dos discípulos seguem o Mestre. A multidão, descrita pelos Evangelhos, se expressa no ícone, através da representação da criança. Elas acolhem com simplicidade e pureza de coração o Mestre do amor: arrancam ramos da palmeira. estendem seus mantos no caminho de Jesus e gritam com entusiasmo: "Hosana! Hosana!, Bendito o que vem em nome do Senhor...". Diante dos muros da cidade se distingue um grupo de adultos que vá ao encontro do Cristo. Na verdade, os personagens em primeiro plano, representam os fariseus, que fingindo acolhê-lo, nutrem sentimentos de inveja e ódio por Jesus. Os outros personagens são pessoas que ouvram falar de Jesus e dos seus milagres e querem conhecê-lo.
A montanha, atrás dos discípulos, simboliza o Monte das Oliveiras de onde Cristo desce para entrar na cidade. A palmeira significa o próprio Cristo que preenche o vazio entre o monte de Deus (divindade) e a cidade dos homens (humanidade). A cidade, fechada entre altos muros, representa o fechamento espiritual dos povos à vinda de Jesus. A grande árvore (palmeira), atrás de Jesus, que desce em vertical nas suas costas, simboliza a cruz, na qual ele será pregado, fora dos muros da cidade de Jerusalém. O jumento, também, tem uma significação simbólica: é o elemento instintivo do ser humano, as suas más inclinações. Como Cristo cavalga o jumento, assim é necessário que o espírito cavalgue a matéria, para que esta lhe seja submissa.
Meditando o ícone da entrada de Jesus a Jerusalém, ingressamos na Semana santa com renovado espírito de amor e de conversão, para vivermos, com alegria, o mistério da Páscoa de Jesus nosso Senhor e Salvador.
 
Retirado daqui.
Autor: Pe. Saverio
 
Veja as leituras da Semana Santa aqui, e mais informações sobre ela aqui.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Novo Layout!

Leitores, acabamos de estrear o nosso novo layout! Ele está mais moderno, pois usa uma tecnologia nova desenvolvida pelo Blogger, e tudo é personalizável! Se tiverem qualquer crítica ou sugestão, por favor, clique no link do "Fale Conosco". No menu, ali em cima, adicionamos mais um item: "Redes Sociais". Se clicarem ali, vocês verão uma página com uma lista de links dos autores em redes sociais e até a comunidade do Reescolando no Orkut! Ah! Votem na nossa enquete e  digam o que pode ser melhorado aqui:


segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Mundial da Água

Hoje, e durante essa semana inteira, o Reescolando ficará azul, em respeito ao Dia Mundial da Água, comemorado hoje, dia 22/03. Depois disso, mudaremos definitivamente nosso layout, que, apesar do atraso, ainda entrará em vigor este mês de março.

Dia da Água

Criado em 1992 pela ONU (Organização das Nações Unidas), o Dia Mundial da Água, comemorado hoje, serve também para refletir sobre a importância deste recurso hídrico, essencial à sobrevivência da fauna e flora do planeta.
Apesar disso, não é difícil ver as pessoas, em cenas cotidianas, lavando calçadas e carros com água tratada, deixando as torneiras pingando à exaustão, e o que é pior: sem pensar na preciosidade que desperdiçam ralo abaixo.
Mas é preciso saber: a água de boa qualidade para consumo humano está cada vez mais escassa e já é motivo de grande preocupação em vários cantos do mundo, pois a capacidade de recarga das reservas hídricas são complexas e demoradas.
E com um agravante: de toda a água existente no planeta, menos de 3% correspondem as doces. Se for considerado apenas o volume disponível para consumo em rios e lagos, este número não chega a 0,2% (já que a maior parte da água doce concentra-se nas calotas polares e geleiras, ou em subsolos profundos).
Embora o Brasil seja um país privilegiado em termos hidrográficos – tem a bacia Amazônica e o aquífero Guarani, além de rios que formam uma das maiores redes fluviais perenes da Terra –, ainda assim há alguns entraves a serem considerados.
A distribuição de água é bastante irregular (cerca de 70% da água doce do País fica na região amazônica, longe dos centros urbanos), sem falar na qualidade (geralmente comprometida pela poluição ambiental e pelo desmatamento (uma vez que a destruição das matas ciliares submete os rios à erosão e ao assoreamento, colocando em risco nascentes e outras unidades hídricas). Apesar disso, 11,6% da água doce disponível no mundo estão aqui.
Para entender como funciona o uso das águas no mundo, hoje a maior parte do consumo cabe à agricultura (67%), seguido pelo uso industrial (23%) e residencial (10%). Neste último caso, vale a ressalva: os chuveiros são responsáveis por 46% do consumo de água, seguido da cozinha e do vaso sanitário (14%). Como um bem renovável mas finito, o consumo consciente pode ser a única arma humana para a preservação deste recurso. 
E, no dia a dia, as ações que podem contribuir para o uso racional da água são relativamente simples. Para começar, os banhos podem (e devem) ter seu tempo reduzidos. Em 10 minutos gasta-se o equivalente a 70 litros de água. Se ele for 15 minutos, esse número sobe para a média assustadora de 105 litros.
Outra constatação: lavar a louça com a torneira aberta equivale a um gasto de 112 litros de água. A saída aqui é encher a cuba da pia de água, limpar os resíduos de comida dos utensílios com esponja e sabão e só então faça o enxague com água limpa. 
Embora a atitude pareça ínfima, a soma de várias pequenas ações como esta é que farão a diferença no final. Não há quem não guarde na memória do corpo e do paladar o mergulho numa cachoeira límpida ou um gole de água fresca depois de horas sob um Sol escaldante. Como já bem cantou Milton Nascimento: “Água de beber/ Bica no quintal/ Sede de viver tudo...”